segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Marrketing pessoal na política

Construir uma imagem pessoal é definir uma imagem e um estilo, coerentes com a personalidade, preferências e estilo de vida da pessoa, de forma autêntica e adequada. Através dela, pode-se refletir o que cada um é e a mensagem que se quer passar sobre si.

A construção envolve um processo contínuo de avaliar e controlar o impacto da imagem. Com a orientação e as ferramentas apropriadas, pode-se abrir portas na vida de qualquer pessoa, aumentando a autoconfiança, auto-expressão e credibilidade.

O momento pré-eleições é marcado por pesquisas de intenção de votos e opinião a respeito dos candidatos, divulgação e cumprimento de agendas, pré-campanhas. A mídia está voltada atentamente para estes assuntos e os repassando aos eleitores.

De acordo com pesquisas, a primeira impressão que uma pessoa possui da outra se baseia em: 55% na sua aparência e ações; 38% no seu tom de voz; 7% no que é falado.

O primeiro julgamento é o visual e este passa muitas informações sobre qualquer pessoa. Pode informar qual sua personalidade, gostos, se possui higiene ou não, se é vaidoso, a que grupo pertence.

É justamente por isso, que candidatos envolvidos com política e eleições se preocupam tanto com a imagem transmitida aos eleitores e investem na mesma, aderindo assim, aos consultores de imagem ou Personal Styling. Já que é a partir de sua aparência, principalmente, que será julgado.

Segundo a consultora Aline França, seu trabalho tem como objetivo auxiliar na aparência, comunicação verbal, não-verbal e comportamento. Além de poder atuar de diferentes formas, o tipo de assessoria dependerá muito do cliente (pessoa física ou jurídica).

“O candidato não deve ser transformado em algo que não o identifica. A aparência precisa estar configurada, em uma apresentação que demonstre que independentemente das suas propostas ou perfil ideológico, o candidato tem respeito para com seus eleitores, e mesmo usando uma calça jeans, camiseta, terno, uma barba bem feita, os seus propósitos continuam os mesmos”, opina o Vice - prefeito de São José, Telmo Vieira.

“Tratando-se de uma pessoa pública que deseja representar pessoas de diferentes áreas e classes sociais, o ideal é manter uma imagem que transmita uma mensagem conservadora, respeitosa e reservada. Suas roupas devem ser estruturadas e funcionais, com linhas retas e poucos detalhes”, afirma Aline.

Algumas pessoas envolvidas com a política, não investiram muito na mudança da imagem, como é o caso do vereador de Florianópolis, João Amin, que continua se vestindo até hoje da mesma forma como antes. “O terno e a gravata eu uso nas sessões e solenidades. No dia-a-dia não preciso usar. Geralmente camisa social e calça jeans são as roupas que mais uso. Mas é importante você se vestir de acordo com o que a ocasião exige. Não investi na mudança da minha imagem, tento passar o que sou para as pessoas, sem ‘maquiagem‘,” diz Amin.

Durante a consultoria, são feitos estudos de autoconhecimento para construir um estilo único, sólido, harmonioso e coerente, utilizando e colocando em destaque seus pontos positivos e melhorando ou camuflando os negativos. Dessa forma, a imagem dos candidatos poderá utilizar os recursos de estilo disponíveis a seu favor para melhorar ainda mais o marketing pessoal.


Por Patrícia Martendal e Mariana Goulart

“Fizemos o máximo” declara Angela Amin

Angela Amin diz que fez o máximo nas eleições ao governo de SC

Angela Amin (PP) lamentou o resultado da eleição ao governo de SC no qual obteve 24,87% ( 845.334 votos) e o seu oponente Colombo venceu em primeiro turno com 52,76% (1.793.520 votos).


A candidata agradeceu a oportunidade ao eleitorado e falou que pretende continuar no processo político. O seu trabalho sempre estará voltado ao interesse do cidadão, principalmente aquele que mais precisa do apoio do governo.

Perguntada sobre o trabalho da campanha ela disse que foi feito o máximo esforço.
“Nós fizemos o máximo respeitando as instituições, procuramos cumprir toda a agenda principalmente os debates, aprofundamos os temas que preocupam o cidadão de SC,não faltou nada, teve muito empenho mas temos que respeitar o resultado”


Angela finalizou desejando que o governo do Estado possa atender às aspirações do catarinenses oferecendo melhor qualidade de vida e melhores indicadores. Um resultado voltado ao cidadão, da mesma forma que nós gostaríamos de fazer — declarou.

Por Elaine Stepanski
Crédito da foto: Osvaldo Sagaz

Senadores de SC

Com 100% das urnas apuradas, Luiz Henrique (PMDB) foi o mais votado para o cargo de senador, com 28,44% dos votos válidos. A segunda vaga do Senado ficou com Paulo Bauer (PSDB) que obteve 25,32%.


O candidato Vignatti (PT) ficou na terceira colocação, obtendo 19,44% do total de votos válidos não conseguindo a vaga ao cargo de senador.

Em visita ao TRESC (Tribunal Regional Eleitoral de SC), Paulo Bauer mostrou sua satisfação com o resultado e disse que a vitória foi reflexo de uma campanha séria e bem trabalhada.
“O próximo passo é cumprir o mandato de senador trabalhando muito e enobrecendo a atividade política, valorizando o eleitor e fazendo com que SC receba os recursos necessários para suas necessidades”

Paulo Bauer também destacou os projetos de Raimundo Colombo para SC e agradeceu aos eleitores o apoio recebido.


Por Elaine Stepanski
Crédito da foto: Alessandro Bonassoli

Elas no Poder

A mulher, que tem realizado ao longo dos tempos, com cada vez mais freqüência, tarefas diversas com competência, algumas que até então eram de domínio dos homens, levou o seu tempo a chegar à política, mas aí está ela, cada vez mais presente neste ramo. As possibilidades de participação da mulher nos centros e órgãos de decisão política têm vindo a ganhar cada vez mais força, particularmente nas duas últimas décadas. Conquistando seu direito de voto apenas no ano de 1932, hoje ela é a maioria do eleitorado brasileiro. Nas eleições de 2010, são cinco milhões a mais de mulheres eleitoras no Brasil, comparado às eleições de 1998.

O preconceito vem sendo vencido pouco a pouco. Em 1995, foi aprovada a Lei n.º 9.100 que determinou uma cota mínima de 20% para as mulheres. Em 1997, após esta primeira experiência eleitoral com cotas, a Lei n.º 9.504, estende a medida para os demais cargos eleitos por voto proporcional. Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas Estaduais e Câmara Distrital e altera o texto do artigo, assegurando, não mais uma cota mínima para as mulheres, mas uma cota mínima de 30% e uma cota máxima de 70%, para qualquer um dos sexos. A lei vigora até hoje.

As cotas foram criadas visando criar um maior equilíbrio entre homens e mulheres no plano de representação política e buscando fazer presente a voz e o espaço da mulher na política. De forma ainda pequena, mas visível, aumenta a presença das mulheres nas disputas eleitorais ano a ano. Nas eleições de 1998, pela primeira vez na história do Brasil, houve uma candidata à Presidência da República. Nas eleições de 2010, duas, dos três principais candidatos à Presidência, são mulheres. A candidata que vem crescendo nas pesquisas, de uma forma considerável, é mulher. No Estado de Santa Catarina, o quadro se repete. Ângela Amin e Ideli Salvatti são as duas candidatas mais fortes ao governo, junto com Raimundo Colombo.

“Acredito que aos pouquinhos nós vamos obtendo o nosso espaço. Não só na política, mas em tudo o que é nosso por direito. Não queremos ser maioria, queremos igualdade. Nós mulheres, temos tanta capacidade quanto os homens. Não desmerecendo as habilidades nem sensibilidades deles, mas sabemos que nosso modo de ver as coisas é mais delicado, paciente e sensível, mas sempre com a mesma força e garra que eles tem. Por isso que eu me envolvi e me apaixonei pela política, foi a forma que encontrei de defender e lutar por direitos iguais. Eu represento a vontade e a voz de muitas mulheres” comenta Níura Demarchi, que já foi vereadora de Jaraguá do Sul, já ocupou cargos administrativos tanto em sua cidade natal, Jaraguá do Sul, quanto no governo catarinense. Foi eleita segunda suplente do senador Raimundo Colombo, o qual licenciou-se, abrindo a vaga à Níura, atual senadora.

Por Marine Floriano

Aconteceu nas eleições

Passava das 13 h, quando adentrei a redação do Diário Catarinense, hoje dia 03 de outubro. A notícia chegava aos poucos e surpreendia até mesmo os mais experientes. As televisões com transmissão ao vivo, passavam uma noção do correr da eleição.

Durante uma caminhada pela redação, pode-se conferir o clima de descontração entre os funcionários. Ao mesmo tempo a pressão do horário a cumprir. Conforme o passar das horas, a redação foi começando a ficar mais agitada e barulhenta.

Todos as editorias paralelas, retirando a política, teriam que acabar os seus cadernos o mais rápido possível. Deixando o maior tempo necessário para política. Na editoria de política, cada jornalista era responsável por algum candidato, os principais candidatos estavam em destaque.

Por volta das 17 h, saímos para cobrir uma pauta externa. Chegamos ao Instituto Estadual de Educação, as 17 horas e cinco minutos, ainda haviam alguns eleitores no portão do colégio.

“Nosso acesso foi totalmente proibido” Declarou o porteiro, Mário Cândido Machado, indignado.
Machado afirmou que chegou cinco minutos antes, e insistiu mas o guarda não o deixou entrar.
Paulo Inácio da Silva, 46 anos, funcionário publico também perdeu a hora da eleição.

“Queria muito exercer meu papel de cidadão, mas não me permitiram”
A Delegada do Prédio, Maria Luiza Marlu Almeida, afirmou que seu relógio estava correto com o do TRE, e ela não entende poque essas pessoas não entraram. “Na certa, eles estavam com o relógio atrasado” Afirmou.

A apuração já começou, os resultados estão surpreendendo a todos. Já foram registrados até o momento, 18 h e trinta minutos pelo menos 10 casos de boca de urna, em São José. Incluindo um caso de boca de urna para a vaga de presidente. Pelo correr das apurações é quase certo o 2º turno para governo.



Por Franciane Dutra

Breve histórico do voto no Brasil


A primeira eleição no Brasil foi feita pelo imperador Dom Pedro I em 1822, mas somente os ricos e donos de terra votavam.

Desde o Império, o voto no Brasil é obrigatório. Naquela época, existia o voto censitário, que definia que somente pessoas com uma renda superior a 100 mil contos de réis anuais poderiam participar da vida política. Mulheres, índios, escravos e pobres não tinha direito ao voto.

A eleição acontecia de modo indireto, o povo escolhia representantes que votavam em nome da população.

Em 1881 o voto ainda era censitário, mas passou a ser direto. Na República Velha, o direito ao voto foi se apliando mas ainda assim o número de eleitores era pequeno. Em 1932 foi instuída uma nova legislação eleitoral e as mulheres passaram a ter direito de votar.
Durante a Ditadura Miltar, por quase 20 anos os brasileiros ficaram impedidos de votar.


Por Betina Lopes de Mello
Crédito da foto: Osvaldo Sagaz

Obrigar? Não, educar!

Ok. Conquistamos o direito de votar com o decorrer do tempo, mas não conquistamos totalmente o direito de escolha. Podemos escolher em quem queremos votar, mas não podemos decidir se queremos ou não participar das eleições. Há quem pense o contrário, pois existe voto nulo, voto em branco, porém ainda assim continua sendo VOTO.

No Brasil, o voto é facultativo (não obrigatório) somente para analfabetos, menores de 18 anos e maiores de 70 anos. Segundo o site do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE/SC) existem 90.468 eleitores analfabetos e 77.601 jovens menores de 18 anos com cadastro eleitoral. Não foram divulgados dados referentes aos eleitores maiores de 70 anos.

Existem mais de 90 mil analfabetos que possuem cadastro eleitoral. Mas quantos “analfabetos políticos” existem, afinal? Classifico assim pessoas que não entendem a política como deveriam. Não sabem ou não conseguem identificar os principais pontos que um bom parlamentar deve ter: saber legislar, fiscalizar e propor políticas públicas.

Lembro que assim que eu pude, fui fazer o título eleitoral. Aquilo representava para mim - na época - maturidade. Não sei porque, acho que era o fato de só ver pessoas mais velhas discutindo sobre política. Hoje quando eu penso nisso concluo que não amadureci depois que fiz o título e que precisamos de uma educação política.
No colégio, pelo menos a maioria dos que eu conheço, não há uma disciplina que seja direcionada à política. Somente depois que entrei na faculdade, aos 17 anos e comecei a fazer estágio na Rádio Escuta do Palácio Piratini (caso do Governo do Estado do Rio Grande do Sul) é que comecei a entender um pouco do que representava a minha ignorância política.

Eu tinha votado, pouco tempo atrás e sequer lembrava em quem. Um horror! Uma estudante de Jornalismo que não sabia NADA sobre a política, nem mesmo regional. Para não ficar fazendo papel de “novata burra”, comecei a prestar atenção em cada notícia sobre política. Pouco tempo depois, nos almoços em família, ao invés de ficar discutindo novela ou qualquer outro assunto “fútil”, conseguia conversar com propriedade sobre a política regional.

Antes de impor que o brasileiro vote, seria interessante que houvesse um ensinamento político. Cada um sabe o que é melhor pra si, mas isso nem sempre é o melhor pra sociedade, por isso defendo que o voto seja facultativo, poderemos analisar se temos ou não interesse/autonomia para contribuir com o futuro de uma população.


Por Betina Lopes de Mello

Fique ligado

Em época de eleição é bom se preocupar com a justificativa do voto. O eleitor tem até 30 dias após a votação para poder justificar a ausência. Caso contrário, terá que pagar uma multa que varia de 5% a 20% do salário mínimo da região, a que pertence. Podendo ser alterado pelo Juiz Eleitoral quando considerado ineficaz, em virtude da situação econômica do infrator. Para pagar a multa o eleitor deve comparecer, munido de seu título e RG, ao cartório eleitoral, onde será preenchida a guia de recolhimento de multa. As multas com valor inferior a R$ 50,00 devem ser pagas nas agências do Banco do Brasil.

Para justificar sua ausência você deverá comparecer ao Cartório Eleitoral, no prazo de 60 dias a contar da data da eleição, munido dos documentos que comprovem o motivo da ausência, preencher um requerimento dirigido ao Juiz e aguardar a resposta. Se estiver no exterior, 30 dias a contar da data de retorno ao Brasil, apresentando, neste caso, o bilhete de passagem de retorno e o passaporte. O prazo é contado a partir de cada turno. Portanto, 1º e 2º turnos têm prazos diferentes. Após a apresentação do comprovante do pagamento, receberá Certidão de Quitação Eleitoral. Se não votar no primeiro turno, poderá votar normalmente no 2°, as eleições são independentes.

Para quem mora fora do Brasil, o voto é obrigatório apenas nas eleições presidenciais, para eleitores maiores de 18 anos. Eleitores com domicílio no exterior devem se cadastrar em uma embaixada ou consulado brasileiro ou em qualquer cartório eleitoral no Brasil.

De acordo com o Código Eleitoral, caso não justifique, não comprove o pagamento da multa ou sua justificativa não for aceita pelo juiz eleitoral deverá pagar multa arbitrada por esse Juiz e sofrerá as seguintes penalidades:

· inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública;
· receber salário de emprego público ou em empresas ligadas ao governo;
· obter empréstimos em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo;
· obter passaporte ou carteira de identidade;
· renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
· participar de concorrência e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

Se o eleitor deixar de votar em três eleições consecutivas, seu título será cancelado.


Por Mariah Rila

A sujeira das eleições

No último domingo eleitores de todo o Brasil escolheram os governantes que vão conduzir o país pelos próximos quatro anos. A “festa da democracia” selecionou deputados estaduais, federais, senadores, governadores, e levou dois candidatos para disputar a presidência da república. Mais de 135 milhões eleitores estiveram habilitados para participar do processo eleitoral desse ano, quatro milhões e meio só em Santa Catarina.

A corrida eleitoral desse ano foi marcada pela forte participação dos candidatos nas redes sociais. Orkut, Facebook e, principalmente, o Twitter foram explorados como mais uma forma de conquistar o voto dos cidadãos. Ainda assim os tradicionais santinhos, carros de som e outdoors continuaram causando transtornos aos moradores, além de poluírem visual e auditivamente as cidades.

A sujeira provocada pelos candidatos nessa época é, apenas, mais um reflexo da fraca política brasileira – uma política feita em cima de promessas, por vezes, absurdas, mas que, ainda assim, angariam votos. Além disso, denúncias de corrupção surgem rotineiramente durante o período eleitoral, como se a crítica aos adversários fosse a melhor maneira de crescer nas pesquisas de intenção de voto.

A impressão que temos é que a política nacional está nivelada por baixo. Todos os candidatos parecem igualmente fracos, porém alguns possuem mais recursos para investir no marketing e fazer uma campanha mais bonita, mas nem por isso, mais bem estruturada. Para que a política brasileira possa voltar a ter valores éticos dominantes, devemos estudar as propostas do candidato e, não somente, escolher que tenha a melhor equipe de marketing.

Por Giordany B. Soave

Crédito da foto: Osvaldo Sagaz