segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Elas no Poder

A mulher, que tem realizado ao longo dos tempos, com cada vez mais freqüência, tarefas diversas com competência, algumas que até então eram de domínio dos homens, levou o seu tempo a chegar à política, mas aí está ela, cada vez mais presente neste ramo. As possibilidades de participação da mulher nos centros e órgãos de decisão política têm vindo a ganhar cada vez mais força, particularmente nas duas últimas décadas. Conquistando seu direito de voto apenas no ano de 1932, hoje ela é a maioria do eleitorado brasileiro. Nas eleições de 2010, são cinco milhões a mais de mulheres eleitoras no Brasil, comparado às eleições de 1998.

O preconceito vem sendo vencido pouco a pouco. Em 1995, foi aprovada a Lei n.º 9.100 que determinou uma cota mínima de 20% para as mulheres. Em 1997, após esta primeira experiência eleitoral com cotas, a Lei n.º 9.504, estende a medida para os demais cargos eleitos por voto proporcional. Câmara dos Deputados, Assembléias Legislativas Estaduais e Câmara Distrital e altera o texto do artigo, assegurando, não mais uma cota mínima para as mulheres, mas uma cota mínima de 30% e uma cota máxima de 70%, para qualquer um dos sexos. A lei vigora até hoje.

As cotas foram criadas visando criar um maior equilíbrio entre homens e mulheres no plano de representação política e buscando fazer presente a voz e o espaço da mulher na política. De forma ainda pequena, mas visível, aumenta a presença das mulheres nas disputas eleitorais ano a ano. Nas eleições de 1998, pela primeira vez na história do Brasil, houve uma candidata à Presidência da República. Nas eleições de 2010, duas, dos três principais candidatos à Presidência, são mulheres. A candidata que vem crescendo nas pesquisas, de uma forma considerável, é mulher. No Estado de Santa Catarina, o quadro se repete. Ângela Amin e Ideli Salvatti são as duas candidatas mais fortes ao governo, junto com Raimundo Colombo.

“Acredito que aos pouquinhos nós vamos obtendo o nosso espaço. Não só na política, mas em tudo o que é nosso por direito. Não queremos ser maioria, queremos igualdade. Nós mulheres, temos tanta capacidade quanto os homens. Não desmerecendo as habilidades nem sensibilidades deles, mas sabemos que nosso modo de ver as coisas é mais delicado, paciente e sensível, mas sempre com a mesma força e garra que eles tem. Por isso que eu me envolvi e me apaixonei pela política, foi a forma que encontrei de defender e lutar por direitos iguais. Eu represento a vontade e a voz de muitas mulheres” comenta Níura Demarchi, que já foi vereadora de Jaraguá do Sul, já ocupou cargos administrativos tanto em sua cidade natal, Jaraguá do Sul, quanto no governo catarinense. Foi eleita segunda suplente do senador Raimundo Colombo, o qual licenciou-se, abrindo a vaga à Níura, atual senadora.

Por Marine Floriano

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