segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A sujeira das eleições

No último domingo eleitores de todo o Brasil escolheram os governantes que vão conduzir o país pelos próximos quatro anos. A “festa da democracia” selecionou deputados estaduais, federais, senadores, governadores, e levou dois candidatos para disputar a presidência da república. Mais de 135 milhões eleitores estiveram habilitados para participar do processo eleitoral desse ano, quatro milhões e meio só em Santa Catarina.

A corrida eleitoral desse ano foi marcada pela forte participação dos candidatos nas redes sociais. Orkut, Facebook e, principalmente, o Twitter foram explorados como mais uma forma de conquistar o voto dos cidadãos. Ainda assim os tradicionais santinhos, carros de som e outdoors continuaram causando transtornos aos moradores, além de poluírem visual e auditivamente as cidades.

A sujeira provocada pelos candidatos nessa época é, apenas, mais um reflexo da fraca política brasileira – uma política feita em cima de promessas, por vezes, absurdas, mas que, ainda assim, angariam votos. Além disso, denúncias de corrupção surgem rotineiramente durante o período eleitoral, como se a crítica aos adversários fosse a melhor maneira de crescer nas pesquisas de intenção de voto.

A impressão que temos é que a política nacional está nivelada por baixo. Todos os candidatos parecem igualmente fracos, porém alguns possuem mais recursos para investir no marketing e fazer uma campanha mais bonita, mas nem por isso, mais bem estruturada. Para que a política brasileira possa voltar a ter valores éticos dominantes, devemos estudar as propostas do candidato e, não somente, escolher que tenha a melhor equipe de marketing.

Por Giordany B. Soave

Crédito da foto: Osvaldo Sagaz

0 comentários: