quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mesários, indispensáveis!

A convocação e o voluntariado de quem participa indiretamente do processo eleitoral

Os mesários espalhados pelo país farão parte de mais um capítulo na história da política brasileira. O auxílio prestado por eles será fundamental na escolha dos próximos governantes em 3 de outubro.

A atuação como mesário, além de contribuir para a transparência do processo eleitoral, conta como bônus para dispensa no trabalho, horas extracurriculares em algumas faculdades e como critério de desempate em concursos públicos. Através do programa “Mesário Voluntário” do Tribunal Superior Eleitoral, 247.615 eleitores se inscreveram para, além da dispensa no emprego, colaborar com o fortalecimento da democracia.

Carlos Eduardo Justen, ministrante do treinamento aos mesários, esclarece que grau de instrução, profissão, idade, endereço atualizado e experiência são os critérios principais na convocação. “Funcionários da área da saúde e segurança não são convocados, pois não têm controle sobre o horário de trabalho em uma eventualidade”, complementa Justen. Segundo o site do TSE, 1.510.638 mesários foram convocados, mas mediante comprovação de impedimento por fazer parte do diretório de partido ou ter grau de parentesco bem próximo a algum candidato, o eleitor é dispensado.

A mesa receptora de votos é composta por um presidente, primeiro e segundo mesários e um secretário. O presidente de mesa é responsável por iniciar e encerrar a votação, e resolver eventuais problemas ao longo do dia. Os primeiro e segundo mesários, além de substituir o presidente em sua ausência, localizam o nome do eleitor no caderno de votação e o secretário deve preencher a ata de mesa, com as ocorrências registradas.

Essa eleição será a segunda em que a estudante de Letras, Kátia Felisbino, irá trabalhar como mesária. Convocada pela Justiça Eleitoral desde 2008, ela conta que não gosta de participar da eleição, principalmente porque não gosta de política. “O lado positivo de ser mesária é poder contar com o critério de desempate em concursos públicos que a função oferece”, justifica Kátia.

O grande número de mesários, tanto voluntários como os convocados pela Justiça Eleitoral, mostra a preocupação do Brasil em realizar uma eleição cada vez mais limpa e segura.

Por Artur Querino e Daniela Walzburiech

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