quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Política na Internet

Redes Sociais, 140 caracteres também fazem parte das campanhas políticas.

As eleições de 2010 estão com grande parte de seu marketing político voltado para a internet. O trabalho de marketing se intensificou após a campanha que elegeu Barack Obama, nos Estados Unidos, em 2008.

No final de 2009 a Câmara dos Deputados, aprovou mudanças estabelecidas em uma resolução do STE (Supremo Tribunal Eleitoral) que restringia a campanha na internet.

A campanha política de 2010 vem explorando ao máximo as redes sociais. Hoje, ter um web site online já não é suficiente para atingir os usuários, que são na maioria das vezes da classe A-B, com alto grau de escolaridade.

O Twitter é a rede social mais utilizada pelos políticos e ajuda na proximidade com os internautas que passam a ter mais informações sobre os candidatos.

Os candidatos à presidência entraram nessa rede social e José Serra dispara na frente com 458,906 seguidores, seguido por Dilma que tem 237,774 seguidores.

Fernando Palermo, coordenador de web do candidato ao governo de SC, Raimundo Colombo, respondeu algumas perguntas sobre redes sociais:

Repórter: Quais efeitos às redes sociais estão causando nas atuais campanhas políticas?
Palermo: As redes sociais se integraram definitivamente nas campanhas políticas. Já não se admite mais uma campanha totalmente offline. Porém, estas ferramentas ainda não estão sendo utilizadas em sua plenitude. Algumas equipes ainda não as dominam como deveriam. Simplesmente as usam, sem qualquer planejamento. Se geram efeito? Elas criam uma onda positiva em torno da campanha, são espaços para troca de idéias, debate entre as pessoas.

Repórter: O mundo dos jovens é basicamente influenciado pela internet, o futuro da política depende de campanhas que se importarem mais com a web?
Palermo: Não tenho dúvidas de que a internet será cada vez mais importante nas campanhas políticas, aliás, em qualquer plano de comunicação. Já temos uma geração de eleitores que nasceu e cresceu com a web. Nada mais natural para eles do que viverem conectados, logo os candidatos também devem estar na web.

Repórter: Existe algum tipo de efeito colateral na campanha dos candidatos pelo uso das redes sociais? Qual?
Palermo: O efeito colateral é a criação desta onda positiva. Como são ferramentas de relacionamento, as redes sociais possibilitam que a campanha política impacte as pessoas de uma forma mais suave, e mais permanente. Por isso, mais persuasiva. As pessoas não querem mais apenas receber a informação, elas querem interagir, querem gerar conteúdo também. E as redes sociais são os canais ideais para isso.

Repórter: O candidato para que você está trabalhando obteve resultado positivo nas pesquisas, e as redes sociais, principalmente o twitter, pode ter sido uma das armas para esse desempenho?
Palermo: O candidato para o qual estou trabalhando, na internet, teve um crescimento importante nas pesquisas desde que a campanha política começou. É claro que a TV e o rádio, juntos com os comícios e corpo-a-corpo tiveram grande importância. Mas as redes sociais também cumpriram seu papel. Pelo Twitter, particularmente, conseguimos conversar com as pessoas simpáticas à campanha, mobilizamos as pessoas para que elas retransmitam as mensagens


Por Caio Figueiredo e Camila Marcelino